ENTRAR

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Alimentação no Japão

Restaurante em Tokio
Em Portugal, existem muitos restaurantes Japoneses, no entanto, muitas pessoas ainda não sabem muito sobre os mesmos, alguns por terem ouvido noticias agravadas de boca a boca, outros porque têm amigos que já provaram e não gostaram, ou simplesmente porque não vêm necessidade de se arriscar a conhecer o desconhecido, porque já estão satisfeitos com o que conhecem.
No entanto é sempre interessante notar que os Japoneses têm a mais longa esperança de vida quer segundo o ministério da saúde japonesa, quer segundo a OMS, e muito disso devesse a sua dieta baixa em calorias e com alguns ingredientes próprios da sua cultura, ainda segundo O Guia Michelin Somente os restaurantes de Tóquio tem mais estrelas do que Paris, Hong Kong, Nova Iorque, Los Angeles e Londres juntas.
Falaremos um pouco agora da culinária no Japão. Juntamente com alguma cultura.


Comida tradicional diária:

        
Em quase todas as refeições Japonesas existe arroz branco, tudo o resto seja carne, peixe cru (sashimi), legumes, etc… são considerados acompanhamentos.
As refeições tradicionais, tem como nome o nº de sopas e o nº de acompanhamentos, sendo a mais básica “uma sopa, um acompanhamento”, que consiste numa sopa, arroz, e um acompanhamento.
O pequeno-almoço tradicional Japonês, normalmente consiste em sopa de pasta de soja, arroz, e legumes em conserva.
Os japoneses terminam as suas refeições com chá verde, uma das duas bebidas mais conhecidas a par do sake.
Devido ao Japão ser um conjunto de ilhas,  depende muito de alimentação vinda do mar como peixe, algas…. Embora também consuma carne, como exemplo a de galinha.
A China contribui para a culinária Japonesa, com o macarrão, que deu origem ao tão conhecido ramen.
Existem vários temperos, mas os mais conhecidos são sem duvida, o molho de soja, Wasabi, e Negi.


Mesa:

Embora actualmente, o Japão, se tenha rendido ao conforto ocidental, começando a usar mais cadeiras e mesas de jantar, dantes, comiam em pequenas mesas ou bandejas muito baixas individuais, ou numa maior no entanto baixa onde todos os membros da família podiam comer ajoelhados.
É utilizado um tipo de talher diferente, denominado hashi. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira, plástico ou metal.







Como se comportar numa mesa japonesa:

Antes de comer deve-se agradecer pela comida utilizando a palavra itadakimasu, e no fim gochisōsama deshita.Deve-se levar as tigelas perto da boca, com uma mão, e com a outra usar os hashis para levar a comida para dentro.                Não se deve servir a bebida a si próprio; ao contrário, as pessoas devem manter os copos dos outros sempre cheios. Quando alguém se move para encher o seu copo, a pessoa deve segurá-lo com as duas mãos e agradecer.



Alguns rituais à mesa



Beber saquê envolve um ritual cuidadoso
Para um japonês, o saquê não é uma mera bebida. É um nobre alimento líquido. Ele já era fabricado artesanalmente no Japão, a partir de arroz triturado exclusivamente por mãos femininas, no século 8. Duzentos anos depois, cerca de 15 tipos de saquê eram produzidos para a corte japonesa. Os banquetes oficiais eram divididos entre o momento de comer e o de beber – depois de tudo, se servia o saquê. Hoje, entretanto, ele costuma chegar à mesa primeiro. Depois vem a comida e, por último, o chá verde. “Por ser uma espécie de vinho de arroz, o japonês encara o saquê e o arroz como a mesma coisa e evita ter os dois juntos na boca”, diz o antropólogo japonês Naomici Ishige. As regras de etiqueta com o copo são rígidas. É proibido, por exemplo, inclinar o corpo em direção ao copo e, nas ocasiões formais, convém segurá-lo com as duas mãos. “Para o oriental, beber saquê é um gesto nobre que deve ser reverenciado”, ensina Luci Kinue Fujimoto, especialista em etiqueta japonesa. Um pouco mais descontraído é o brinde. Nesse momento, vale usar só uma das mãos e dizer kampai – que significa “saúde”.

Se os alimentos são comidos com pauzinhos, tê-los bem cortados é crucial. O manuseio das facas, chamadas de hôchô, foi bastante aprimorado no período Heian (794-1192), quando os anfitriões demonstravam sua habilidade com lâminas para distrair os convidados. Nos restaurantes do Japão, o conjunto de facas não é do estabelecimento, mas do chef – há um modelo para cada finalidade.

Manipular as hastes do o-hashi com habilidade é uma questão de honra – usado desde o século 8, o acessório foi privilégio da nobreza durante séculos. “Ele não deve ser mantido na boca, usado para empurrar objetos sobre a mesa ou apontar na direção de pessoas e muito menos espetado dentro das tigelas de arroz – este ritual é realizado quando morre alguém”, diz Luci Kinue Fujimoto, especialista em etiqueta japonesa. Uma regra básica: só a vareta de cima se move.

Rituais à mesa retirados deThe History and Culture of Japanese Food, Naomici Ishige, Kegan Paul, 2001

Nenhum comentário:

Postar um comentário